Linda casa brasileira construída em torno de uma árvore

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Criar uma casa que se funde com a beleza natural que a cerca é um desafio por si só. Mas construir uma casa que realmente incorpore a natureza - não apenas em suas cores e texturas, mas em suas plantas reais - é realmente um feito. Esta residência no Brasil, coberta pela Casa Vogue e construída pelo arquiteto Alessandro Sartore, consegue fazer exatamente isso, permitindo que as árvores que já estavam crescendo no lote continuem subindo e passando pela nova estrutura. Os resultados são uma casa que certamente é moderna em seu design, mas também única e profundamente pessoal.

A casa foi criada para o dentista e colecionador de arte Rodrigo Quadrado, natural do Rio de Janeiro, Brasil. Ao discutir o empreendimento pela primeira vez com seu arquiteto, ele especificou que não queria uma casa "que tivesse o rosto da sala de exposições". Apesar de uma profunda apreciação do design e do desejo de um belo espaço para sua família, ele queria o calor e a personalidade de uma casa antes do esplendor de uma capa de revista.

A mangueira grande e frondosa que cresce no meio da sala principal tem o nome "Bethany" e surge através de um buraco na laje do piso com 3 metros de diâmetro. A árvore não é apenas um elemento de design inteligente, ela influenciou a organização de toda a casa, permitindo fornecer ar, sombra e uma sensação de fluxo através dos diferentes espaços da casa.

A fim de acomodar Betânia, bem como outra árvore na garagem, os arquitetos decidiram renunciar ao ar condicionado. No calor do verão brasileiro, essa foi certamente uma escolha ousada. No entanto, a sombra de Betânia e as paredes de vidro mantêm a casa fresca e confortável, mesmo no clima mais quente.

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Os materiais utilizados para esta casa também foram amplamente ditados pela aparência natural desejada pelo proprietário. Sartore trabalhou com materiais quentes, como paroba-do-campo (formalmente Aspidosperma macrocarpon) e pedra de madeira, que transmitem uma sensação calorosa e familiar.

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Como colecionador de arte, Quadrado também insistiu em criar espaço de parede suficiente para algumas de suas obras amadas, incluindo obras de Nuno Ramos, Meireles, Beatriz Milhazes, Jorge Guinle, Joaquim Tenreiro e Poteiro.